A maior ferramenta de busca do mundo revolucionou a forma como se faz jornalismo atualmente, mas o seu uso não se resume à caixa de pesquisa no topo da tela
Publicado em julho de 2015, no blog do Folha Uol, a matéria abaixo é daquelas que continuam vivas, independente do tempo, pois são ferramentas muito uteis, nos dias atuais. Vamos conferir?
Cada vez mais, há formas inteligentes de buscar, organizar e selecionar informação através do Google e de seus aplicativos, que podem agilizar e melhorar o trabalho na Redação. Veja abaixo seis dicas de como usar o Google a favor de uma boa reportagem.
1. FOTOS DE SATÉLITE
É comum utilizar o Google Maps como fonte de imagens de satélite, mas o site não dispõe de imagens em alta resolução, o que é essencial para uso na versão impressa, por exemplo.
Para conseguir imagens melhores que as do Maps, é necessário usar o Google Earth Pro. Desde fevereiro de 2015, as licenças para acessar a versão profissional do Google Earth são gratuitas —antes, o serviço custava US$ 400.
Basta instalar a última versão do Google Earth. Quando o sistema pedir login e senha, insira seu email e a senha GEPFREE.
Na tela da interface principal do programa, um botão no centro superior da tela permite salvar a imagem e escolher a resolução desejada.
2. GOOGLE TRENDS
O Google Trends é a ferramenta que apresenta os termos mais procurados na busca do Google, cuja forma rudimentar foi lançada em 2006.
Desde o dia 18 de junho de 2015, os resultados do Trends passaram a ser atualizados a cada minuto.
“Queríamos reimaginar o Google Trends para a mídia”, disse Steve Grove, fundador do News Lab, espaço do Google para jornalistas.
A ideia é de que a ferramenta possa ser utilizada agora como um “detector de notícias em tempo real”.
Como a mudança é recente, algumas formas de explorar o Trends ainda não são tão conhecidas, como o Hot Searches, que mostra instantaneamente as buscas mais feitas no momento, por meio de uma visualização em quadros coloridos.
3. NEWS LAB
Recentemente, o Google criou um espaço para treinar jornalistas chamado News Lab. O site tem tutoriais de como usar ferramentas da empresa e ainda analisa as maneiras com que grandes veículos usaram esses aplicativos para produzir reportagens.
A equipe do News Lab também fez a curadoria de alguns temas pesquisados no Google Trends e deixou os dados disponíveis no Github, uma espécie de fórum colaborativo.
É possível usar esses dados para montar suas próprias visualizações. O último arquivo disponível compara as buscas feitas sobre jogos da Copa América com as buscas sobre a Copa do Mundo Feminina de futebol.
4. OPERADORES DE PESQUISA
A maioria das pessoas sabe que, para procurar expressões exatas no Google, basta usar aspas em volta das palavras. Há, no entanto, vários outros símbolos que ajudam a otimizar a busca além das aspas, chamados operadores de pesquisa.
Um operador bastante útil é o asterisco (*), um coringa que pode ser usado se houver dúvida quanto a um dos termos em uma expressão. Pode ser usado na hora de procurar uma citação sem saber ela por completo, como, por exemplo, “mudaria o * ou mudei eu?”.
Outro operador, o “site:”, permite buscar dentro de um site específico. Para procurar no site da Folha, por exemplo, basta inserir o comando “site:folha.uol.com.br” após o termo de busca (“Eduardo Cunha site:folha.uol.com.br”, por exemplo).
5. GOOGLE ALERTS
A ferramenta do Google Alerts é interessante para jornalistas que estão cobrindo um assunto específico e precisam de atualizações constantes.
É só escolher uma palavra chave (ex.: Kim Jong-un) e a frequência em que você deseja receber notificações (sempre que houver notícias, uma vez por dia ou por semana).
É possível determinar a língua das notícias e outros detalhes também.
6. PUBLIC DATA
Órgãos públicos como a OMC, a OCDE e a Unicef alimentam uma base de dados mantida pelo Google, chamada de Public Data.
A ferramenta permite cruzar informações de vários tipos, formando tabelas e gráficos instantaneamente.
O aplicativo foi lançado em 2010 e aperfeiçoado ao longo dos anos para que qualquer pessoa consiga contribuir com dados. A intenção é que a base de dados se torne o mais extensa e versátil possível.
Além das utilidades citadas acima, a lista de softwares e utilidades aperfeiçoadas pelo Google é ainda mais extensa. A empresa sempre divulga novas ferramentas.
O espaço do News Lab, o canal de vídeos do Google e a sua página do Facebook e do Twitter são boas formas de se informar sobre as novidades do buscador.
Fonte: Blog Folha UOL