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Pagu, primeira presa política do Brasil

NeyBarbosa por NeyBarbosa
21 de maio de 2019
em CEL1329
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Escritora, jornalista e uma das grandes mulheres do movimento modernista brasileiro, essa foi Patrícia Rehder Galvão

Ganhou do poeta Raul Bopp o apelido Pagu, que se enganou pensando que seu nome era Patrícia Goulart e fez uma brincadeira com as iníciais. Bopp escreveu um poema para a então Zazá (apelido de Patrícia Galvão na infância) “O coco de Pagu”, e o apelido ficou.

Nascida em São João da Boa Vista em 9 de junho de 1910, Pagu mudou-se para a capital em 1912, aos 2 anos. Morou na Liberdade, no Brás, na Aclimação, na Bela Vista e em uma chácara no então município de Santo Amaro. Depois de breves períodos no Rio de Janeiro e em Paris, para fugir da repressão, encontrou sossego em Santos, onde morreu em decorrência de um câncer. Por conta da doença, Patrícia tenta suicídio, o que não se consuma. Sobre o episódio, ela escreveu no panfleto “Verdade e Liberdade”: “Uma bala ficou para trás, entre gazes e lembranças estraçalhadas”.

Diferente das moças de sua época, Pagu usava blusas transparentes, fumava na rua e dizia palavrões. Com 15 anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy.

Apresentada aos artistas Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, Pagu aos 18 anos se integra ao movimento antropofágico, de cunho modernista. Após 2 anos casa-se com Oswald e tem seu primeiro filho, Rudá de Andrade. E então junto ao seu marido inicia na vida política, tornando-se militante do Partido Comunista.

Jovem, bonita e burguesa, Patricía Galvão não necessitava de lutar pelos direitos da sua classe que era a mais favorecida, porém resolveu lutar por aquilo que acreditava. Aos 20 anos incendiou o bairro do Cambuci em protesto contra o governo provisório. Comanda uma greve de estivadores em Santos, e é presa pela primeira vez, das 23 que ainda iriam ocorrer, tornando-se a primeira mulher presa no Brasil por motivos políticos. Nesse mesmo dia perde um amigo estivador, morto em seus braços pela polícia.
Em 1933 publica o romance Parque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo, considerado o primeiro romance proletário brasileiro. Nesse mesmo ano partiu para uma viagem pelo mundo, quando estréia como repórter, deixando no Brasil o marido Oswald e seu filho.
Em 1935 filiou-se ao PC na França, onde também fez cursos na Sorbonne, em Paris, lá é presa como comunista estrangeira, com identidade falsa, ia ser deportada para a Alemanha nazista, quando o embaixador brasileiro Souza Dantas conseguiu mandá-la de volta ao Brasil. Separa-se definitivamente de Oswald e então retoma a atividade jornalística, mas o passado não a deixa retornar tranquilamente, e é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos.
Desligou-se do PCB em 1940, assim que saiu da prisão. Adere ao trotskismo e incorpora à redação do jornal A Vanguarda Socialista, iniciando em 1946 a sua colaboração regular no Suplemento literário do Diário de S. Paulo. Em 1945 Patrícia casou-se com Geraldo Ferraz, jornalista da A Tribuna de Santos, cidade na qual passaram a viver. Nasce seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz.
Tenta sem sucesso, uma vaga de deputada estadual nas eleições de 1950. Em 1952 frequenta a Escola de Arte Dramática de São Paulo, levando seus espetáculos a Santos. É conhecida como grande animadora cultural e dedica-se em especial ao teatro, particularmente no incentivo a grupos amadores.
Escreveu também contos policiais, sob o pseudônimo King Shelter, publicados originalmente na revista Detective, dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, e depois reunidos em Safra Macabra (Livraria José Olympio Editora, 1998).
Em 2004 a catadora de papel Selma Morgana Sarti, em Santos, encontrou no lixo uma grande quantidade de fotos e documentos da escritora e do jornalista Geraldo Ferraz, seu último companheiro. Estes fazem parte hoje do arquivo da UNICAMP.
Correspondente de vários jornais, Pagu visitou os Estados Unidos, o Japão e a China. Entrevistou Sigmund Freud e assistiu à coroação de Pu-Yi, o último imperador chinês. Foi por intermédio dele que Pagu conseguiu sementes de soja, enviadas ao Brasil e introduzidas na economia agrícola brasileira.
Pagu é acometida de um câncer e viaja a Paris para se submeter a uma cirurgia, sem resultados positivos. Volta ao Brasil e morre em 12 de dezembro de 1962, em decorrência da doença. Na véspera de sua morte, um último texto seu é publicado, o poema “Nothing”.
“Nada mais do que nada
Porque vocês querem que exista apenas o nada
Pois existe o só nada”
Trecho do poema “Nothing” de Pagu/Patricia Rehder Galvão.
(Publicado n’A Tribuna, Santos/SP, em 23/09/1962).

5 livros de Patrícia Galvão, a Pagu

Safra macabra – contos policiais

Os nove contos que compõem este livro foram publicados originalmente na revista Detetive, em 1944. Sob o pseudônimo de King Shelter, Patrícia Galvão – que já havia escrito o primeiro romance dentro da realidade do proletariado do Brasil (Parque Industrial, 1933), também estava se tornando a primeira autora brasileira a publicar regularmente histórias policiais.

Paixão Pagu

Escrito em 1940, quando Pagu havia recém-saído da última das suas 23 prisões como inimiga política número um da ditadura Vargas, o livro é uma longa carta que ela escreveu ao homem que amava, o escritor Geraldo Ferraz. Mostra Pagu sem subterfúgios, corajosa e sincera. Ela revela desde sua vida sexual iniciada precocemente até os altos e baixos do seu casamento com Oswald de Andrade. A militância política, as prisões, os amores, acertos e erros dessa mulher singular são narrados com uma dura e incrível auto-análise.

Parque industrial

É uma jóia da literatura brasileira do século XX. Escrito em 1932, foi publicado pela primeira vez no ano seguinte, numa edição, com tiragem e divulgação pequenas. Tido como o primeiro romance do proletariado brasileiro, denunciou a vida dos excluídos da sociedade paulistana e retratou a desigualdade social numa sociedade moralmente hipócrita.

O homem do povo, com Oswald de Andrade

Após se filiarem ao Partido Comunista do Brasil, Pagu e Oswald de Andrade passam a publicar O Homem do Povo, visando espalhar a mensagem da revolução entre o operariado urbano. No entanto, apesar de todo esforço de Pagu e da melhor intenção de Oswald, a estreiteza ideológica do partido e o conservadorismo da sociedade fizeram com que tanto o jornal quanto sua militância tivessem vida curta. O próprio jornal acabaria logo fechado pela polícia, não apenas pela radicalidade de sua ideologia, mas também pela “perturbação da ordem”.

Pagu: Patrícia Galvão – livre na imaginação, no espaço e no tempo, de Lúcia M. Teixeira Furlani

Nesta biografia, a autora Lúcia Maria Teixeira Furlani percorre os passos de Pagu, em diferentes lugares e cidades deste mundo, em sequência cronológica de 1910 até sua morte, em 1962, além de apresentar os reflexos de sua obra no mundo atual.


Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u655.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagu
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,100-anos-de-pagu-musa-do-modernismo,563478,0.htm

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